sábado, 7 de agosto de 2010

CARTA DOS LEITORES









FINAL.







"...Acrescentou ainda que aquelas palavras sobre ter filhos comigo ficaram para trás juntamente com a tal idéia e que eu deveria viver um pouquinho no presente e parar de pensar no passado.
Enquanto eu ouvia tudo aquilo as lágrimas rolavam como cascatas dos meus olhos. Ainda consegui dizer que esse passado do qual ele fala para eu parar de pensar poderia se materializar daqui a nove meses.
Então o mesmo concluiu falando que eu não me preocupasse, pois iria assumir a responsabilidade caso se confirmasse a suspeita, mas que eu não esperasse nada além disso.
Só eu sei o que passei por causa dessa suspeita, SOZINHA. Apenas minhas amigas me apoiaram e me ajudaram, pois não podia contar pra mamãe. E ela tomasse conhecimento disso nem sei o que faria e sentiria.
Com a ajuda do irmão de uma amiga, consegui fazer o teste de gravidez por cortesia em um laboratório. No mesmo dia soube do resultado e felizmente foi NEGATIVO.
Quando contei  para ele,deu um suspiro de alívio que me furou o peito como um punhal.Na mesma hora saí e fui pra casa,sem trocar mais nenhuma palavra com ele!
Neste mesmo dia tive uma discussão pesada com um amigo nosso em comum, pois estava abalada com a maneira que o dito cujo tratou a questão da minha suspeita de gravidez. Esse amigo veio então me dar uns conselhos e durante a conversa, contei sobre o fato da menina com quem o outro namorou e eu briguei ter me procurado na universidade para me contar as coisas que ele falava de mim para ela. Comentei com ele que não acreditava nela, pois “ele” me garantiu que a mesma fez isso para me tirar do caminho e que vivia atrás dele. Foi quando ele começou a me explicar que eu deveria parar de passar a mão na cabeça dele e procurar não acreditar em tudo o que me dizia.
Comentei então com esse conhecido o que “ele” me contou sobre o fato dos amigos dele estarem afim de me “pegar”, e que por isso vivam inventado “estórias” para me jogar contra ele. Daí o meu amigo se indignou e soltou uma revelação que fez a minha cabeça sentir o peso de uma bigorna.
Ele então “bombardeou”: “... Se eu quisesse algo com você não faria rodeios. Não preciso jogar uma garota contra alguém que já está contra ela. Eu não iria te contar isso não, mas farei para ver se definitivamente você abre os olhos.
O seu “amorzinho” fez uma aposta com alguns amiguinhos dele, de que faria você terminar com seu namoro, aquele que durou mais ou menos dois anos, e que você iria comer na mão dele. Sabe o que ele ganhou quando conseguiu o que queria?Uma noitada em uma boate com tudo pago pelo cara que perdeu a aposta. A-cor-da!Ele NUNCA gostará de você!
Infelizmente o que essa menina falou pra ti é verdade.Você não quer concordar apenas pelo fato de a considerar uma “rival”,pára com isso.Pára de achar que ele não tem defeitos,pára de pensar que és algo pra ele.
Ele não mudou esse tempo todo, acha ainda que conseguirá um milagre?
A-COR-DA!”
Chorando muito falei que não acreditava nisso, que não era possível ele não gostar de mim depois de ter me induzido a terminar dois namoros, depois de até ter dito que me amava e que queria ter filhos comigo. Porém meu amigo falou que se realmente ele me amasse e quisesse ter filhos comigo já o teria feito há tempos, e não estaria casado e fazendo filhos com outra.
E disse ainda que o miserável podia comer mil mulheres na rua,mas não troca a “Amélia” dele por nenhuma das mil,incluindo a mim.
Eu não sabia se sentia ódio dele ou de mim. O meu amigo me abraçou e falou que falava aquilo pro meu bem, e que estava mais do que na hora disso acabar, antes que acontecessem coisas piores em minha vida em relação a isso.
Depois desse último episódio, com muito esforço e sofrimento, estou evitando qualquer tipo de contato com o cara. Sofro muito ainda, mas quando penso em tudo o que passei e nessa história da aposta, pensar que poderia estar formada, casada com meu ex e desperdicei tudo isso por NADA, tento seguir em frente e aos poucos me livrar deste sentimento maldito.
Até hoje está com a esposa, e até o momento não me procurou mais. Apenas fico sabendo de algumas coisas aqui e acolá. Como agora estou tomada pelo trabalho e com os últimos períodos da faculdade, passo mais tempo fora do bairro e por isso não o vejo. O que já é uma ajuda!
Rico, espero que não fique zangado e gostaria que me dissesse o que devo fazer para tirar essa coisa de dentro de mim pra sempre. Sei que muitos dirão e dizem que depois de tudo isso eu deveria odiá-lo e já ter esquecido, mas não é tão simples assim.
Agradeço desde já por todas as palavras ditas por você após este longo relato, e peço desculpas pelos erros de escrita e pelas minhas atitudes.
Um abraço."