sábado, 31 de julho de 2010

CARTA DOS LEITORES






CONTINUAÇÃO.





"Na mesma hora esqueci faculdade, esqueci bom senso, esqueci dignidade e pedi parada ao motorista.
Quando o alcancei, atravessei na frente dele e perguntei o que significava aquele anel em seu dedo. Com impaciência, ele respondeu: ”Que eu estou noivo, oras!”. Perguntei se era com “ela” e o mesmo disse: ”Claro, com você é que não é!”. Então, perguntei sobre a nossa situação e o porquê de ter me deixado sem notícias por tanto tempo, e comentei sobre o fato de não ter se importado comigo depois das tapas que a namorada dele havia me dado.
Secamente, me disse que se não tivesse se importado eu teria parado no hospital naquele dia, caso não tivesse tirado ela de cima de mim. Também falou que não havia nada para conversarmos, que iria se casar em breve e que procurássemos ao menos ter uma “boa convivência”, como colegas apenas. Então falei: ”E o nosso amor? E o amor que você falou que sentia por mim? Até em ter filhos comigo disse que estava pensando!”. Ele gritou comigo e falou que aquilo passou, foi um momento apenas. Que eu sempre soube que quem ele ama de verdade é a noiva dele, e que as coisas ditas a mim foram comentários levados por momentos de prazer.
Acabei me alterando também, e berrei que por culpa dele e de suas palavras em momentos de prazer, chutei um rapaz com o qual iria completar quatro meses de namoro e com muito mais a me oferecer do que ele. Sua resposta foi pior que uma facada no peito. Disse que o problema era meu e que não fosse por isso, bastava apenas eu reatar com o cara e seguir meu rumo e saiu me deixando pra trás, chorando.
Eu dormia e acordava chorando, não comia, não queria saber de me divertir, andava pelas ruas me escondendo para não dar de cara com ele. Meus amigos sempre tentando (Em vão) me consolar de todas as maneiras, até doente fiquei.
Fui reprovada em três cadeiras na faculdade. Minha mãe sabe da história e falou que eu estava jogando a minha vida na vala por causa de um salafrário, e que por ela nunca ele seria seu genro.
Tentei me recuperar nos estudos, o que não aconteceu. Acabei perdendo a vaga da faculdade e fiquei apenas trabalhando e estudando para tentar o vestibular novamente. Voltava à estaca zero!
No mesmo ano, meses depois e já um pouco mais calma, conheci o amigo de um primo meu e começamos a namorar. Ele era mais velho do que eu 9 anos, porém o que me atraiu nele foi a maturidade e a responsabilidade. E claro, era bonito também!
Era formado em engenharia civil e trabalhava em um cargo concursado. Um perfil super diferente do dito cujo, que ao contrário,é a irresponsabilidade em pessoa.
Abandonou a faculdade no quarto período, cursava matemática pela universidade pública. Morava com a avó paterna, pois a mãe residia em outro estado com seu irmão caçula. Sempre sustentado pela avó e pelo pai – que também não morava com ele - não se preocupava em arranjar um emprego, apenas queria saber de noitadas, bebedeiras e claro, rabos de saias. Os sogros dele não o suportam, tanto pelas atitudes com a filha deles quanto pela falta de compromisso e responsabilidade.
Acredita que até hoje, depois de quase sete anos de casamento, ele mora com a mulher e os dois filhos na casa dos sogros?Se quer move uma palha pra ao menos alugar um local para morar com a família que construiu.
Sempre que se desentende com a esposa, volta para a casa da avó. Estando lá não tem como dar satisfações e fica livre para aprontar todas.
Voltando ao meu novo namorado, passei muitos momentos legais ao seu lado. Viajamos muito, a família dele me adorava, ele já havia sido casado e tinha um filho de oito anos na época, que a propósito gostava muito de mim.
Até amizade com a ex- esposa dele acabei fazendo, uma mulher muito bem resolvida e gente boa.
Quando recebi a notícia sobre a cerimônia de casamento do “outro”,levei um duplo choque.Tomei conhecimento quando estava  completando oito meses de namoro com o amigo do meu primo.Ele além de estar casando,a noiva esperava pelo primeiro filho deles!Já estava no 4º mês de gestação..."


CONTINUA...