domingo, 25 de julho de 2010

CARTA DOS LEITORES



Atenção,caros leitores.
Este texto que será apresentado a partir de hoje,é uma carta de uma leitora do nosso blog.
Ela entrou em contato através do nosso email,contou sua história e pediu conselhos.Também autorizou que colocássemos em exposição o seu relato,claro,usando um pseudônimo para não identificá-la.
Espero que o relato dela sirva de exemplo à todos que leêm o blog e,se quiserem,podem também deixar um comentário sobre a situação,ajudando no aconselhamento segundo as experiências vividas por vocês.
Vamos então à história!







Olá Ricardo.

Usarei o pseudônimo “Flor Maltratada” para não divulgar meu nome.
Quero em primeiro lugar parabenizá-lo pelo blog, pois tem me instruído bastante em relação ao problema que relatarei aqui. Suas palavras são realmente um “ACORDA PRA VIDA”, mas você sabe falar de uma maneira que faz com que eu me sinta bem, como se fosse um amigo conversando conosco e querendo o melhor pra nós.
Obrigada por tudo desde já!
Bem, antes de começar peço que não se irrite com meus relatos. Acho que irá querer me bater ou me estrangular quando terminar de ler minha história.
Tudo começou há 11 anos (Foi isso mesmo que leu, 11 ANOS!), eu tinha 22 anos quando conheci este que é o cara que amo (pelo menos acho que amo). O pior, é que ele me conheceu no mesmo tempo que conheceu a ESPOSA DELE (Pois é ele é CASADO!), em uma festa na casa de um colega em comum.
Achei que seria a “escolhida” de seu coração, pois durante toda a festa, ele conversou comigo e o nosso primeiro beijo rolou ali. Com a pessoa que hoje é casado ele conversou muito pouco, até notei que ela ficara muito chateada por ver que aquele dia “consegui” a total atenção dele e até beijá-lo.
No começo tudo era PER-FEI-TO. Foram oito meses de felicidade, alegrias, carinhos!
Ele me tratava como uma rainha. Presenteava-me, escrevia poesias pra mim, me ligava quase todos os dias até pra saber apenas se eu estava bem ou como foi o meu dia. Nunca desconfiei que por trás desta cordialidade toda existia uma verdade cruel e dolorosa.
Fui tão cega, que nunca pensei em questionar o fato dele não formalizar um compromisso comigo diante da minha família, pois achei que pela maneira que eu era tratada estávamos NAMORANDO SÉRIO, até que um dia de uma maneira tão desagradável, descobri que apenas era um “rolo” pra ele.
A mulher dele na época, por coincidência, morava no mesmo bairro que um de meus primos. Ele não sabia disso, e daí,quando fui passar um final de semana lá e estava com uma amiga indo à sorveteria,dei de cara com uma das cenas mais horríveis de minha vida.Flagrei ele aos beijos com ela no terraço de sua casa.
Ele não me viu, pois corri pra trás de um muro e fiquei espiando com minha amiga, não estava acreditando ainda que realmente se tratasse dele. Quando o vi saindo portão a fora, constatei o que eu não queria crer.
Nos dias a seguir não comentei nada, e ele continuava a me tratar da mesma maneira carinhosa, como se nada tivesse acontecendo. Preferi pensar que apenas ele havia “rolado” com ela e depois passou que não havia passado daquele dia. ME ENGANEI!
O meu primo que morava no mesmo bairro que ela, chegou em minha casa um dia e me falou que eles estavam NAMORANDO SÉRIO,que até a mãe dela ele havia conhecido e essas coisas de formalização de compromisso.Fiquei sem chão!
Não dormia, só chorava. Não comia, meu desempenho nos estudos começaram a decair a partir daí.
O pior, é que ele continuava comigo, porém já dava sinais de indiferença. Começou a negligenciar nossos encontros, passei a vê-lo apenas um dia na semana. Não andava mais de mãos dadas comigo e passou a me dar cortadas a todo o momento, por nada.
Até que um dia, já cheia dessas cortadas resolvi soltar o verbo. Falei que sabia do seu namoro, e ele com a maior frieza e cinismo NÃO NEGOU NADA. E ainda falou: “... Sim, e daí?”, então perguntei o que fui pra ele esse tempo todo, e o mesmo disse que nunca prometera nada a mim, que não estávamos namorando e que pensou que eu sabia disso. Falou que gostava muito de mim, mas que estava muito apaixonado pela outra também. Perguntei em que ela era melhor que eu para namorar com ela sério em tão pouco tempo e comigo apenas ficar de “rolo” durante oito meses. Comentei também sobre o fato de na festa onde os três se conheceram, ele ter dado mais atenção a mim do que a ela e mesmo assim preferir ela pra ser sua namorada.
Ele simplesmente falou que não sabia explicar, que “ACONTECEU” de gostar dela pra namorar e a mim querer apenas pra ficar de “rolo”.Mas que não iria me deixar por causa dela,e que se de repente o namoro não desse certo me assumiria.
Fiquei tranqüila depois que ele falou isso, crente que seria a próxima namorada dele. Acreditei que esse namorico não duraria muito tempo e finalmente me enxergaria como a mulher da vida dele. Hum, mas o que?
A cada dia me tratava com mais frieza, continuamos a nos ver apenas em dias de semana e em um SÓ. Eu era virgem, e me entreguei a ele na esperança da situação mudar com esse fato, o que foi burrice de minha parte e em vão.
O pior veio depois. Certa vez, em um dos meus períodos de “foça” por causa da situação que me encontrava, um dos melhores amigos dele estava me aconselhando e me revelou que eu não era a única com quem ele traía a namoradinha. Falou que eu merecia algo bem melhor, e que apesar de ser o amigo dele e lhe ter muito apreço, não passava a mão em sua cabeça e não concordava com as atitudes dele para comigo e a “matriz”. Que além de mim tinha “rolo” com mais duas garotas, uma do trabalho e a outra vizinha de rua dele!Minha foça piorou, entrei em depressão e acabei fazendo a segunda besteira por causa dele.
Fiz plantão em frente do seu local de trabalho para esperá-lo largar. Quando saiu, me atirei nos braços dele chorando e implorando que me dissesse que era mentira que estava de “rolo” com mais duas garotas. Ele me pegou pelos braços e me puxou pra um lugar menos movimentado.
Falou que não iria permitir que ninguém fizesse escândalo no ambiente de trabalho dele, e que se aquilo repetisse iria em minha casa falar com meus pais.Falou que se eu quisesse acreditar no que os outros diziam,isso era problema meu.E que eu não ficasse bradando essas coisas por aí para não cair nos ouvidos da namoradinha dele e mandou que eu fosse imediatamente pra casa,antes que perdesse a paciência de vez comigo.


CONTINUA...